Sábado, 27 de Setembro de 2008

ELEIÇÔES PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AÇORES EM 19 DE OUTUBRO DE 2008

Conferência de Imprensa para apresentação do Programa eleitoral para as eleições de 19.10.2008

 

Em primeiro lugar quero saudar as senhoras e senhores jornalistas que nos deram o prazer da sua presença fazendo votos para que possam ler o nosso programa com o mesmo cuidado e interesse como nós o fizemos, criticando-o ou divulgando-o conforme o seu mérito.

De seguida irei explicar e defender os principais pontos do nosso programa, que vos vais ser entregue na sua redacção provisória e apenas na parte geral. Em breve os cabeça de lista de cada ilha irão apresentar o respectivo programa na especialidade.

Como já disse noutro lugar a nossa principal preocupação é sermos uma espécie de alma política do povo açoriano sem ter medo nem cansaço.

O principal ponto do nosso programa é a nossa vida.

Defender a vida em perigo e acudir no Corvo, em Santa Maria ou na Graciosa, rapidamente, e salvá-la será o nosso maior cuidado.

Defendemos por isso a existência e funcionamento de três helicópteros-ambulância com serviço permanente de cuidados intensivos que leve a pessoa em perigo rapidamente para o hospital que a possa salvar.

É caro? É difícil? Claro! Mas antes isso do que um avião bombardeiro que não nos serve para nada ou um navio de guerra velho e caro ou armas e munições que custam muito mais e que para nós são inúteis.

O nosso programa é vasto e ambicioso e de ponto de vista técnico sujeita-se aos técnicos. Do ponto de vista político é no que não dispensamos soluções açorianas.

No campo da educação preocupam-nos os alunos e os professores.

Para os alunos não universitários e no que respeita aos chumbos ou reprovações, defendemos que um estudante que não dá uma única falta em todo o ano e não é indisciplinado deve passar automaticamente para o ano seguinte pois se nada aprendeu, é porque o professor não soube ensinar.

Quanto aos professores, defendemos um estado maior de professores que voluntariamente se apresentem á inspecção, ao concurso e à classificação, e sendo apurados, devem ter preferência em relação àqueles que não o queiram fazer. Preferência nas colocações, preferência nas transferências, preferência nas promoções.

No terreno da agricultura, temos de acabar de vez com a ideia de que a agricultura é a arte de empobrecer alegremente. Uma pessoa não pode estar a trabalhar toda a vida de sol a sol e quando morre velho e doente só deixa dividas aos herdeiros.

Como somos contra os subsídios a fundo perdido porque nunca se sabe para onde vai o dinheiro e, como diz o povo, “o dinheiro procura o dono”, defendemos um tipo de empréstimo aos agricultores em dificuldades, a longo prazo e sem juros que permita manter a empresa em funcionamento produtiva e sem sobressaltos.

Estes empréstimos só devem ser cobrados se se vier a provar que o agricultor desviou o dinheiro para fora da sua empresa.

Quanto à Justiça, o nosso programa é também muito ambicioso e nós defendemos a transferência para os órgãos autonómicos de todos os poderes do Ministério da Justiça. E das respectivas verbas.

Defendemos a restauração do Tribunal da Relação que existiu nos Açores desde 1832 a 1910.

É um património cultural que nos foi roubado e que nos tem de ser devolvido.

O povo açoriano tem direito a uma segunda instância no seu território que produza uma jurisprudência (ou seja decisões) conformes com a nossa maneira de ser.

No campo da administração pública, vamos apresentar uma novidade que em nosso entender melhorará a eficiência burocrática e política na ilha.

Trata-se de criar a figura do governador, entidade a eleger pelo povo de cada ilha que o representará junto do governo açoriano, harmonizando os interesses das várias autarquias da sua circunscrição. É bem de ver que nas ilhas onde há apenas um município, o presidente deste exercerá o cargo.

No campo da assistência social defendemos com todas as forças que qualquer reformado cuja pensão não atinja o salário mínimo, tem que ter direito a medicamento de graça até ao fim da sua vida.

Quanto ao rendimento mínimo agora chamado de reinserção social, entendemos que a ele só devem ter direito viúvas e órfãos desamparados e as famílias numerosas cujo pai trabalhe honradamente e o seu salário não seja suficiente para que a sua família tenha uma vida digna.

Defendemos ainda que os estudantes que sejam obrigados a estudar fora da sua ilha, tenham o direito de viajar gratuitamente ou a preço simbólico entre aquela e a do lugar onde se situar o estabelecimento de ensino que frequente.

Defendemos isto porque o maior grito de angústia que ouvimos das ilhas pequenas é o envelhecimento da população e a fuga da juventude. 

 

Ponta Delgada, 26 de Setembro de 2008

 

publicado por PDA NACIONAL às 17:05
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